quarta-feira, 23 de março de 2011

A CURA PROFUNDA




    Esta apostila é continuidade da apostila chamada “Amor de Deus”, eu já havia escrito anteriormente, mas a retomei para ampliar alguns tópicos.
   Ao falarmos sobre amor poderíamos dizer que Ezequiel 16 contém uma das declarações de amor mais bonitas, esta declaração não foi só escrita para o povo de Israel, mas foi escrita para mim, para você, para nós todos. Este capítulo em si é bálsamo de cura para todos aqueles que se sentem rejeitados e abandonados.
    Impossível se sentir mal amado depois de abrir seus ouvidos espirituais para este capítulo.
    Logo no início do capítulo nos deparamos com uma nação que estava amaldiçoada e rejeitada, mas desta vez não falaremos de Israel como nação (porque o texto também foi escrito para a nação física de Israel e se tomássemos este texto encontraríamos muitos aspectos proféticos para esta nação).
    Desta vez nos deteremos neste texto à nível individual.
    Uma das maiores feridas que satanás tenta provocar no indivíduo é a rejeição e o abandono na infância.
    Quantos cristãos ainda hoje andam se arrastando, porque são aleijados emocionalmente, foram feridos na infância e na adolescência, mas não se deixaram curar pelo Espírito de Deus.

    No versículo 3 de Jeremias 16 podemos ver que o Pai nos ama intensamente mesmo quando estamos carregados de maldições e feridos.
    Você acha que ninguém se importou com a rejeição do seu nascimento, com a indiferença com que você foi recebido? Este é o pior engano, mesmo que tenha faltado cuidado, amor, aceitação, o Senhor “se compadeceu, Ele se importou com a sua vida e te preservou até o dia de hoje porque tem um plano para você” (Ez 16:5).
    Satanás tem atacado com fúria os lares e suas principais vítimas sempre foram e continuam sendo as crianças, porque se ferir crianças, estas serão futuros adultos “aleijados emocionalmente, com personalidade doente, com ouvidos surdos para a voz do Senhor”. Gideão é um exemplo de adulto emocionalmente doente, o Senhor precisou curá-lo antes de usá-lo.
    Quais são os passos para a sua cura? Voltando a (Ez. 16:3) lá encontraremos os primeiros passos:
    1- Cortar o umbigo - diz respeito a quebrar maldições familiares, rompendo assim um ciclo de fracasso em determinadas áreas de nossas vidas.
    Veja que a primeira atitude que Gideão tomou depois do seu encontro com Deus foi quebrar, derrubar o poste ídolo do seu pai (Juiz 6:25), desta forma ele estava renegando antigos vínculos com as trevas.

    2 - Lavar com água para limpar - água significa a palavra de Deus, a palavra é o melhor bálsamo de cura é remédio para os doentes. Só a palavra pode nos lavar de sujeiras antigas, de hábitos velhos.
    Mais uma vez Gideão pode ser tomado como exemplo, pois para a sua cura o Senhor usou palavras de animo, com estas palavras Deus quebrou o espelho deturpado que satanás colocou diante dos olhos de Gideão. Ele foi chamado para ser guerreiro, mas se sentia a mais fraca e pior criatura da face da terra. Ele foi chamado para ser líder, mas as feridas emocionais o fizeram se comportar como um covarde. Mas a palavra de Deus ao seu coração foi à razão da sua cura definitiva.
    Repare nas palavras usadas para esta profunda cura:
    “O Senhor é contigo homem valente”, (Jz. 6:12);
“não te enviei Eu?... Já que Eu estou contigo ferirás os midianitas como se fossem um só homem“ (Jz. 6:14,16).
    Muitas outras palavras de aceitação e encorajamento foram ditas a Gideão e se Você abrir neste momento os seus ouvidos para o Espírito Santo, você também ouvirá tudo o que o Senhor tem ansiado para te falar.
    3 - Esfregada com sal - O sal lembra a fidelidade da Aliança de sangue, o que o Senhor quer dizer que à partir do momento aceitamos o Senhorio de Deus em nossas vidas, passamos então a gozarmos dos benefícios da Aliança de Sangue. Mas o esfregar com sal era um costume (usado ainda hoje por tribos no deserto), com o objetivo de engrossar a pele da criança para que esta suportasse melhor o calor.
    O sal da Aliança, a fidelidade das promessas do Senhor sobre nós é o que nos torna fortes para aguentarmos as pressões que o inimigo exercerá sobre as nossas vidas.
    O sal preserva os alimentos o que nos transmite a idéia de eternidade de uma aliança e dos seus termos (as promessas). O sal também tem a propriedade de derreter o gelo, durante o inverno rigoroso dos Estados Unidos, eles importam sal do Brasil para derreter o gelo das estradas.

    A verdade é paralela no reino espiritual, a Palavra de Deus derrete toda frieza de corações duros e frios.
    Você quer ver outra qualidade do sal na Aliança de sangue? Em (2 Rs. 2: 19-20) os homens da cidade de Jericó disseram a Eliseu; “Eis que é bem situada esta cidade....., porém as águas são más e a terra estéril”
    Diante deste quadro de esterilidade e caos Eliseu pediu “um prato novo e sal”. O prato novo aqui representa a Nova Aliança nos trazendo vida e benção e o sal é a fidelidade das promessas, depois que Eliseu lançou sal sobre aquelas águas ele profetizou: “Tornei saudáveis a estas águas; já não procederá daí morte nem esterilidade” (2 Rs. 2:21)
    Profetize agora sobre a sua vida, lance o sal (as promessas) e diga: “já não precederá morte nem esterilidade na minha vida“.

    4 - Envolver em faixas – Envolver em faixas significa o calor, o aconchego, o cuidado dos pais para com as crianças. Se nossos pais naturais falharam nesta área, Deus pode suprir neste momento este tipo de amor que te faltou. Em (Is. 49:15) o Senhor nos garante que mesmo que nossa mãe tenha nos esquecido, Ele nunca se esquece de nós. Deixe o Espírito Santo de Deus te envolver e te aquecer neste momento com faixas de amor!
    O processo de cura vai muito além destes passos, porque no decorrer dos anos muitas outras feridas nos foram infligidas e o Senhor quer cuidar de cada uma delas.
    (Ez. 16:6) nos assegura que quando o Senhor passa por nós e nos vê feridos (emocional, espiritual ou fisicamente) Ele se enche de compaixão, nos ajuda e nos fortalece, mas este amor vai muito além, o Senhor faz uma aliança de sangue conosco.
    Nós que estávamos nus e descobertos somos cobertos pelo Seu próprio manto (Ez 16:7-8). Este manto é um manto tinto de sangue do Cordeiro, este manto indica sermos propriedade exclusiva do Deus vivo e por este motivo não podemos ser tocados pelo maligno (Ap. 19:13).
    Não esqueça que manto significa poder, vida, unção, proteção assim como Jonatas (figura de Jesus fazendo aliança com a sua Igreja), deu seu manto para Davi durante a Aliança de sangue, da mesma forma ao recebermos este manto estamos recebendo a vida, o poder, proteção e a unção do Senhor sobre nós.

    O seu manto sobre nós como ainda significa que Ele está dizendo “tudo o que tenho te pertence e tudo que é teu me pertence, o meu poder está à tua disposição”. Se você atentar verá que Deus primeiro se preocupa em nos acolher, nos limpar e nos curar para depois nos vestir com seu manto.
    No entanto muitas pessoas param na primeira etapa não permitem a continuidade do trabalho do Espírito Santo, estes são os cristãos nus de (Ap. 3: 18), crescem despidos, crescem sem consciência dos termos da Aliança de sangue, dos seus direitos e obrigações.
    À medida que Samuel crescia sua mãe Ana a cada ano levava uma veste mais longa, Ana é uma figura do Espírito Santo nos dando vestes mais longa a cada etapa do nosso crescimento espiritual, vestes mais longa significa mais unção, maior profundidade e conhecimento do Senhor.
    Ao estender o manto sobre nós Deus pronuncia as bênçãos e os termos da Aliança (Ez 16:8), veja quantas bênçãos você está perdendo por desconhecer os benefícios da Aliança!
    Rute recebeu o manto do Senhor sobre a sua vida e saiu com o seu regaço com fartura e abundancia (Rt. 3:9,15).
    Muitos perguntam por que não possuem uma vida de respostas, porém a condição para gozar dos termos da Aliança é viver uma vida de acordo com a Aliança como nos explica (Lv. 26:3).
    Jesus nos ensinou a linguagem da aliança ao falar nestes termos com o Pai: “todas as minhas coisas são tuas e as tuas coisas são minhas” (Jo 17:11). Mas não adianta você falar esta frase sem a conscientização, você deve exercitá-la, por exemplo, no momento de fraqueza você deve dizer: “eu não tenho força, mas sei que a Sua força é minha força”. Esta é a linguagem de Aliança usada por Davi, este era o segredo da vida de vitória deste grande homem de Deus, escute Davi falando e aprenda esta linguagem “Contende Senhor com os que contendem comigo, peleja contra os que contra mim pelejam” (Sl. 35:1)
    Você sabia que a Aliança de sangue traz vida? Quando Jesus diz que quem não comer da carne e não beber do sangue do Filho do homem não teria vida (Jo 53,56), Ele estava se referindo à refeição da Aliança de sangue (ler apostila Amor de Deus).

    Já falamos um pouco sobre aliança de sangue e para entendermos melhor falaremos a seguir um pouco sobre o shabbat celebrado pelos judeus toda semana em memória a Aliança de Sangue.
    No shabbat a cada sexta-feira durante 52 vezes ao ano os judeus relembram esta aliança os homens cobrem o pescoço com o Talit, esta é uma lembrança do manto que o Senhor lançou sobre nós, este Talit é um pano retangular de lã ou seda branca (santidade) com listras azuis nas suas bordas e um galão bordado com fios de ouro ou de prata (prata a redenção e ouro a santidade de Deus o divino dentro de nós) na parte superior que rodeia o pescoço, das 4 pontas pendem franjas de lã ou de seda.
    Voltando a (Ez. 16:13) veremos que Israel no caso a noiva foi ornada de ouro e prata de linho fino, de seda e de bordados. Nós que queremos viver uma vida de Aliança devemos desejar esta vestimenta, pois esta é a noiva ataviada que será arrebatada pelo Noivo, A noiva negligente não entrará nas bodas do Cordeiro (Mt. 22:12).
    Voltando à (Ez. 16), Israel foi lavado com água e foi ungida com óleo. Nós que vivemos e entendemos o que é uma vida de Aliança somos lavados pela água da palavra (Ef. 5:26) para sermos entregues ao noivo uma Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, santa e sem defeito.
    É interessante como o Espírito Santo orientou cada detalhe do ritual do shabbat, a água também está presente no shabbat.
    Antes de iniciar a refeição todos os participantes devem lavar as mão sob água corrente (água viva) enquanto fazem orações em hebraico..
    Mais à frente falaremos em maior detalhe sobre a refeição, a água viva não só significa santificação (Sl. 24:4), como o Espírito do Senhor.
    A noiva de (Ez. 16:9-13) passou por um processo de cura e crescimento e embelezamento, tudo o que Deus quer fazer com a sua vida, vejamos cada passo deste processo:

    1- Foi ungida com óleo, óleo significa unção e faz parte da preparação da noiva. Ester foi ungida e preparada durante um ano (Et. 2:9 e 12; Sl. 45:7) encontramos a mesma unção, (Os. 2:5, Ct. 4:10 e 5:5; Is 61:1e2)
Os que não tiverem óleo , unção no momento em que o noivo chegar serão chamados de negligentes e ficarão para trás .
    2- Enxuguei o teu sangue - faz parte de uma cura profunda, é hora da Igreja ser curada. Israel antes de sair do Egito colocou o sangue proteção para as suas casas, mas também curou as feridas emocionais de um povo com mentalidade de escrava, um povo pisado e humilhado.
    Assim como na parábola do Bom Samaritano, o sangue do viajante atacado pelos salteadores foi limpo, assim também o Senhor passa perto de nós e cura todas as nossas feridas.

    3- Te vesti de roupas bordadas... Te cobri de seda - Deus retira as vestes de prisão, vestes maltrapilhas e nos coloca vestes reais, tudo o que há de mais precioso nos pertence. Tenha consciência de que você é filho do Rei, assuma e exerça toda a autoridade disponível.
    4- Te calcei com peles de animais marinhos e cingi de linho fino. Estamos calçados com o Evangelho da paz o próprio sacrifício do cordeiro, mas calçar com peles de animais marinhos significa revelar coisas ocultas e profundas que não sabemos. Os segredos são privilégios daqueles que gozam intimidade com Deus e com a Sua palavra.
    5- A noiva foi ainda cingida de linho fino quer dizer de santidade e justiça (Ap. 19:8, Ap. 21:2, Jó 40:10)
Fico extasiada ao ver tamanho amor dispensado para conosco, porém poucos são os que estão se deixando preparar pelo doce Espírito e estão como noivas sujas, imaturas, maltrapilhas.
    O noivo não poderá se casar com uma noiva infantil (Ct. 8:8). Ester só depois do seu tratamento de beleza pode usar as vestes reais (Et. 5:1).
    Quanto à vestimenta durante o shabbat todos usam as suas melhores roupas, todas as etapas apontam para um banquete de casamento: a mulher desempenha o papel principal, as louças devem ser “Yom Tov” (dia bom, feriado), a toalha da mesa deve ser branca, bem como a carne (de preferência peixe).
    A presença do branco se repete na toalha que deve ser colocada sobre as halot (pães) e no sal, mais uma vez o branco apontando para as bodas. Tudo é feito com muita alegria, no final da refeição são entoadas canções Zemirot (canções alegres).
    Esta alegria que permeia a atmosfera do shabbat é a alegria que anuncia as bodas do Cordeiro (Mt. 22; Ap. 19:7-9).
    A cada sexta-feira esta cerimônia se repete, e através dela Deus está chamando a atenção de judeus e gentios para o fato das bodas estarem se aproximando e os que não estiverem com vestes nupciais apropriadas ficarão do lado de fora ( Mt. 22:11).

    Como alguém pode se sentir rejeitado, não amado ao ler tal expressão de amor? O que é o amor dos homens comparados a tão grande cuidado e amor, o mais magnífico é que não somos amados como um grupo, mas individualmente (Is. 49:1,16).
    Em (Ez. 16:11 e 12) a amada noiva recebe adornos e enfeites como a noiva (Sl. 45:13), estes adornos são os dons e os frutos do Espírito Santo, busque, porque o Senhor está ansioso para te adornar
    A noiva recebe ainda braceletes e uma linda coroa, tanto o bracelete quanto a coroa se referem à glória e majestade (2 Sm. 1:10, Pv. 4:9,esta é a coroa do Salmo 8, Et. 2:19, Ap. 2:10, 1 Pe 5:4).
    Glória um dia roubada por satanás e restituída na cruz do calvário, mas mesmo com esta restituição tem muita gente andando sem coroa, como já foi dito anteriormente com mentalidade de escravo, são príncipes e princesas que andam a pé como servos (Ec. 10:7).
    Você pensa que as bênçãos de Deus para a sua vida param por aqui? Não, Ele continua a presentear a sua amada noiva, tome posse, todos estes presentes: cura, santificação, segredos, dons, restauração da glória... estão disponíveis!
    A noiva ainda recebe colar à volta do pescoço (Ez. 16:11), o colar fala da graça com que somos ornados esta é a sabedoria que provem da Palavra de Deus (Pv. 3:22). Você sabia que Deus te concede graça diante dos olhos dos homens, príncipes, presidentes...
    A mulher durante o shabbat deve usar um colar de pérolas, mesmo que falsas. Mulheres busquem a graça de Deus, a unção e a sabedoria.
   A noiva recebeu também pendentes, os pendentes mostram que somos propriedade particular voluntária, pois um escravo no Jubileu poderia receber a sua liberdade ou escolher ficar com o seu proprietário de livre e espontânea vontade, por amor. Se o escravo escolhesse ficar com o seu proprietário receberia um brinco como sinal de que havia feito esta escolha.
    Nós também estamos com o Deus por amor, e aquele que ama escuta a pessoa amada. (Pv. 25:12)

    No casamento judaico o homem é responsável por todos os adornos da noiva, o noivo não precisa necessariamente receber o anel, mas a noiva deve receber todos os adornos, além do anel. O Pai enviou o Espírito Santo justamente com o objetivo de adornar e preparar a noiva, a Igreja.
    Em (Ez.16:14) encontramos uma declaração surpreendente “a fama da noiva percorreu as nações por causa da sua formosura, a noiva era perfeita, devido a glória de Deus”. A fama da Igreja deve percorrer as nações, quando deixarmos que o Espírito Santo realize o seu trabalho, todos poderão contemplar a gloria e a formosura do Senhor sobre as nossas vidas.
    O Espírito Santo está preparando uma Igreja madura, forte e sadia, não é tempo de você ficar subnutrido (Ez 16:13, Ct. 2), o Senhor quer que nos alimentemos muito da Sua Palavra, pois ela nos nutre e nos faz formosos.

    Voltemos agora ao Shabbat, pois a Igreja tem muito a aprender com esta cerimônia. O Shabbat inicia 20 minutos antes do por do sol, é neste momento que a mulher deve acender as velas.
    Neste momento a família toda está ao redor da mesa o que é um símbolo da unidade, e da comunhão que o Senhor quer no Seu corpo. As velas nos falam de vigilância e do preparo.
    A mulher pronuncia uma benção e em seguida o marido ora o Kidush (consagração) sobre a taça do vinho, como vemos esta refeição não só significa o banquete das bodas, mas encontraremos nela todos os elementos da Aliança.
    O Pai bebe um gole e passa para a mãe que após orar passa para os filhos. Vemos retratados não só o sentido da unidade, da hierarquia. Os meninos maiores de 13 anos bebem em taças separadas, idade em que já se tornam responsáveis espiritualmente.
    Após o vinho eles lavam as mãos como já vimos o pai consagra o pão, passa sobre uma porção de sal (fidelidade na Aliança de sangue) e profere uma benção (eles sabem o valor das benção e por esta razão proferem muitas bênçãos) e cada participante recebe um pedaço e também passam o seu pedaço no sal (Mt 5:13).

    O pão é o corpo de Cristo o alimento depois de ingerido vai para a nossa corrente sanguínea, esta razão é a vida de Cristo entrando na nossa.
    São colocados duas halot (Pães) para lembrar a porção dupla de maná que deveriam colher no sexto dia para o descanso do sétimo dia. Nós estamos no sexto dia, o sétimo é o dia do Senhor, portanto é tempo de colhermos porção dupla da Palavra de Deus.
    No sábado os judeus dedicam ao descanso, à vida em família, ao estudo bíblico, à Sinagoga, isto nos lembra como a vida familiar é importante aos olhos de Deus. Neste final de tempo como diz o grande profeta Morris Cerulo o inimigo se levantará com fúria contra a família. Só estará protegida a família que tiver o Sangue da Aliança no umbral da porta e a família que permitir o trabalho do Espírito Santo, o trabalho de cura e restauração.
    No final da tarde de sábado comem a última das 3 refeições (em memória a Abraão, Isaque e Jacó, mas nós sabemos que as três refeições significam a nossa Aliança com Deus Pai, Filho e Espírito Santo) e após a ultima refeição inicia-se o Havdalah.
    Havdalah é a cerimônia que marca a despedida do shabbat, é o momento em que os judeus voltam para as suas atividades normais. Esta cerimônia, cada elemento nela contido mostra como um cristão deve estar no mundo nestes últimos dias.
    Havdalah significa = separação do sacro e do profano e esta é exatamente a condição para sermos a boca de Deus nesta geração do final (Jr. 15:19). Devemos levar uma vida santa separada, uma vida que faz diferença no meio das trevas, nossas vidas devem “Resplandecer com a glória do Senhor... porque a escuridão cobre os povos” (Is. 61:1 e 2).
    A oração do havdalah já fala por si mesma:
“Bendito sejas Tu , ó Eterno , nosso Deus , Rei do mundo, que fazes separação entre o sagrado e o profano, entre a luz e a escuridão, entre Israel e os outros povos, entre o sétimo e os seis dias de trabalho. Bendito sejas Tu, ó Eterno, que fazes a distinção entre o sagrado e o profano”
    Deus está chamando líderes e guerreiros que queiram fazer parte deste exército de Elite, que conhece a Aliança de sangue e anda em separação e consagração.
    Na cerimônia de havdalah depois do por do sol de sábado em uma bandeja é colocado um cálice de vinho, um incensário com ervas aromáticas e uma vela.
    A bandeja significa que este exército deve ter o mesmo sentimento que havia em Cristo, coração e disponibilidade para servir (Fl. 2:5-9).

    Homens e mulheres desprovidos de competição, certos de que serão exaltados por Deus e não por seus esforços carnais.
    O cálice de vinho mais uma vez lembra a Aliança de Sangue, homens e mulheres que não temem a própria morte porque sabem que o Seu parceiro de Aliança corre em seu socorro.
    Este cálice de vinho deve ser cheio até transbordar o que aponta para a necessidade deste exército andar na plenitude do Espírito Santo.
    O incensário fala da vida de oração deste exército, nossas orações são incenso agradável à Deus e arma devastadora contra os nossos inimigos espirituais. (Ap. 8:3, Sl. 141:2)
    A vela fala do nosso espírito iluminado pelo Espírito de Deus, nos tornando candeias no meio da escuridão. A lâmpada da mulher virtuosa não se apagava durante a noite (Pv. 31:18), durante os momentos mais difíceis esta mulher era vigilante, prudente e buscava a solução no trono de Deus.
    Repare que o shabbat iniciou e terminou com luz. Com vela, mais uma vez enfatizando a incumbência da Igreja de ser luz e responsável por carregar a shekiná de Deus sobre a terra.
    O shabbat inicia com o acender de duas velas: uma fazendo referencia a Zakhor (Lembra Ex 20:8) e outra a Shamor (Guarda Dt. 5:12).
    Devemos lembrar de nos consagrar e guardar as leis de Deus para continuarmos a resplandecer a Sua luz.
    Há um detalhe surpreendente:
    Após ser feita a oração do Havdalah a luz da vela é apagada com algumas gotas de vinho.
    Creio que mais uma vez por este ato simbólico os judeus sem terem consciência do que estão fazendo estão dizendo: Com o sangue da Nova Aliança tudo foi consumado e agora não é mais necessário a luz da vela que é temporária, mas a luz do mundo veio em carne e iluminando desta forma continuamente os nossos corações. “Esta luz habita em nossos corações e por consequência nós a refletimos sobre o mundo em trevas”.
    O que manteve os judeus unidos durante a dispersão foi o Shabbat, pois mesmo sem templo o Pai se tornou sacerdote, a mãe sacerdotisa, a mesa o altar, a casa o santuário. Mais uma vez enfatizo a importância da consagração de nossas famílias, a importância de não haver negligencia na educação dos filhos, na submissão da esposa, na consagração e no amor do marido.
    Os judeus vivem na expectativa da chegada do Sahbbat a cada semana e nós será que vivemos na expectativa do término do arrendamento da terra no sexto dia? Estamos nos preparando para o noivo não nos encontrar despreparados, em andrajos, desnutridos, contaminados e sem luz.
    Pense bem sobre tudo o que foi falado nesta apostila, o Espírito Santo está com pressa o tempo está se escoando, estamos na última hora e você precisa despertar desta letargia, desta apatia.
Prepare-se!!!

Pastora Nayra Pedrini da Silva


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